sábado, 3 de outubro de 2009

Mensagens aos leitores!!!

Quero informar aos amigos que estarei ausente desse veículo por cerca de um mês, já que embarco numa aventura como mochileiro pelos Estados Unidos!!!
Se Deus quiser esse período passa rápido e logo logo nos encontraremos por aqui!!!
Um forte abraço a todos!!!

Quais as possíveis complicações de uma artroscopia de joelho?!?!

Essa é sem dúvida uma das maiores dúvidas que norteiam a mente de todo e qualquer paciente que virá a ser submetido a uma artoscopia no joelho. Quero aqui esclarecer e orientar sobre essas possíveis complicações, a fim de que possam entender os riscos de tal procedimento.
Para começarmos, vamos dividir as complicações em precoces e tardias. São elas:
1. Precoces:
1.1. Flebites superficiais ou profundas, que caracterizam-se por dor e sinais flogísticos como calor, rubor e eritema na topografia das veias. Não é muito comum e por isso não tão descrita, mas pode ocorrer;
1.2. Síndromes compartimentais, induzidas em grande parte pelo extravasamento do líquido intra-articular, que dissemina-se pelos compartimentos e caracteriza-se por forte dor e aumento de volume, porém sem sinais de processo inflamatório agudo (dor, calor, ruboe e eritema). É uma complicação frequente, pois usamos o meio aquoso pra aumentar a pressão na cavidade articular e visualizar as estruturas, além do controle de sangramento;
1.3. Infecções agudas, caracterizadas por sinais de flogose e secreção purulenta em drenagem espontânea ou coleção subcutânea, expressa em forma de abscesso;
1.4. Lesões vasculares ou nervosas, que resultam em danos concomitantes de maior intensidade e importância. Felizmente são pouco comuns, porém devem ser conhecidas e explicadas;
1.5. Cefaléia pós-anestésica: comum em pacientes submetidos a raquianestesia, que permanecem agitados durante a cirurgia, levantando a cabeça ou falando. É importante que se obedeça às ordens médicas ou que se opte pela sedação concomitante;

2. Crônicas:
2.1. Tromboses, sejam primárias por distúrbios do fluxo sanguíneo ou secundárias aos processos inflamatórios descritos anteriormente. Clínica exuberante de dor e aumento volumoso do diâmetro do membro, subitamente, podendo evoluir com lesões cutâneas;
2.2. Processos inflamatórios tardios, por provável reação ao material de síntese empregado, que podem manifestar-se como processos infecciosos, porém sem alterações aos exames laboratoriais. Cuidado aos riscos de contaminações oportunistas. É o que se conhece como rejeição aos implantes;
2.3. Artrofibrose: causada em grande parte por uma falha no processo de tratamento complementar pós-operatório, seja por parte da equipe ou do próprio paciente, resultando em limitação dos movimentos de flexo-extensão e sensação de "joelho travado". É importante que o paciente obedeça a todos os passos da recuperação e que complemente os mesmos com exercícios em casa, entendendo que a fisioterapia deve ser lembrada e realizada durante todo o dia e não só durante as sessões assistidas.

Espero ter esclarecido as dúvidas pertinentes e coloco esse espaço sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos!!!