É preciso que, tendo em mente a evolução técnica de materiais e da própria cirurgia, comecemos a reconsiderar as indicações que cercam as próteses de joelho, sejam primárias ou de revisão.
Cresce a cada ano o número de pacientes submetidos a tal procedimento. Os diagnósticos sempre foram fartos, seja por artroses primárias (degenerativas) ou secundárias (traumas ou reumáticas), porém a falta de especialização dos médicos examinadores ou a pouca evolução tecnológica do material representavam um empecilho à cirurgia. Hoje isso tende a mudar progressivamente.
Dispomos de um grande número de próteses disponíveis, onde as mais novas apresentam inovações que conferem ao joelho operado um arco de movimento muito próximo do normal, com mobilização em 2 ou 3 planos. Acabou a era da prótese "dobradiça" e começamos a da plataforma tibial móvel, com rotação presente e funcionalidade aumentada. Temos também a navegação computadorizada como aliada, que diminui os erros a praticamente zero. Um grande e significante aliado.
Tecnicamente, em relação ao ato cirúrgico, obedecendo a curva de aprendizagem, também observamos uma evolução considerável. A repetição faz a perfeição, e isso pode ser primordial nesses casos. Em linhas gerais, quanto mais segurança tenho pra operar, e quanto maior número de cirurgias, melhor fica minha técnica frente às adversidades comuns ao ato.
Há ainda um crescente decréscimo na idade para indicação, antes de 60 anos ou mais, e hoje bem menos que isso, com segurança. A durabilidade do material pode chegar a 25 anos segundo alguns estudos de previsão, porém ainda necessitamos desse "follow up" para confirmação. A verdade é que o medo da revisão vem sendo cada vez menor..
O importante é ter um cirurgião experiente, que faz um adequado balanço ligamentar (sustentação da prótese) e preserva o máximo da estrutura óssea. Isso é decisivo pro sucesso atual e de futuras intervenções.