Momento em que se identifica o espaço ideal para injetar o anestésico. Note a gota de líquor, presente nessa região anatômica. É ela, ou a presença dela, que nos serve de guia...
Momento da punção. Único instante em que há referência a dor pela maioria dos pacientes.
Seringa utilizada e agulha, na parte inferior. Note que apesar de grande, seu calibre é bem pequeno, resultando em menos agressão as membranas...
A pergunta mais feita por todo e qualquer paciente na rotina de consultório, quando informado de que será submetido a cirurgia, é quanto ao tipo de anestesia que sofrerá.
As perguntas são muitas... quanto ao tipo... quanto a duração... quanto ao tamanho da agulha... quanto as possíveis complicações... dentre outras.
Na minha prática de rotina, que aborda as cirurgias do joelho, assim como as relacionadas a Medicina Desportiva, na maioria das vezes optamos pela anestesia raquidiana, onde é injetada uma calculada dose de anestésico no espaço entre as membranas que recobrem o cerébro e a medula (sistema nervoso central), ao nível da coluna lombar (entre a 4a. e 5a. vértebras lombares), fazendo um bloqueio da função sensitiva e motora dessa área, extendendo-se por toda porção inferior, por um período de até 3 horas. A cirurgia dura em média 1 hora, então... teremos tempo de sobra.
É claro que existem as exceções, porém são raros os casos onde a anestesia geral se faz necessária. Aliás, como é uma cirurgia por vídeo na maioria das vezes, o paciente pode assisti-la pela televisão em tempo real, se assim for sua vontade. Se não, é adicionado um esquema de sedação, fazendo com que o mesmo durma por todo o período operatório.
Pode ser realizado nas posições sentado ou deitado, de lado.
E agora? Mais calmos? Espero que sim!!! Não há com o que se preocupar... somos todos muito bem formados e atualizados em relação aos procedimentos.
Ah... não podemos esquecer... o JEJUM deve ser em DIETA ZERO, na qual nem água pode ser tomada, por pelo menos 8 horas antes da cirurgia, uma vez que qualquer conteúdo no estômago pode refluir com a perda da consciência e chegar aos pulmões, levando a uma das mais preocupantes complicações, que é a PNEUMONIA ASPIRATIVA!!! Imaginem feijão, arroz... lá no seu pulmão...
Além desta, a outra complicação é a cefaléia pós-anestésica, induzida muitas vezes pela teimosia do paciente em manter a cabeça erguida durante o ato operatório, o que aumenta a pressão no espaço onde o anestésico é injetado, resultando na "dor de cabeça".
2 comentários:
Oi, irei fazer uma cirurgia na semana que vem, rompi um ligamento no joelho esquerdo. Tenho alguns traumas com anestesistas, nunca tive muita sorte, portanto eu gostaria de saber se há a possibilidade de induzir o sono no paciente antes da aplicação da anestesia ou ele precisa estar acordado? Grata!
Dr. muito obrigado por compartilhar seu conhecimento e experiência de forma tã clara e objetiva a nós leigos. Estou no 8º dia de recuperação de uma reconstrução do LCA e gráças ao seu blog, posso esclarecer minhas dúvidas através de seus posts. é gratificante poder saber detalhes sobre a importância do jejum, por exemplo. muito obrigado mesmo.
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