Fixação externa para estabilização relativa do membro inferior esquerdo.
Fratura cominutiva do fêmur esquerdo.
Deformidade clínica segmentar no M.I.E.
Proximidade ao paquete vásculo-nervoso femural.
Fragmento ósseo proximal do fêmur com extensa injúria às partes moles adjacentes.
Fraturas diafisária dos ossos da perna esquerda - Note a grande instabilidade.
Fratura extensa e cominutiva, além de exposta, do fêmur esquerdo.
Quando nos deparamos com o dia-a-dia da rotina dos Pronto-socorros de uma cidade com perfil de metrópole, como Manaus, capital do Amazonas, sabemos que a cada segundo novas intercorrências podem nos fazer pensar que há sempre algo inédito a ser estudado e aprendido e, aliás, foi com esse intuito que tive a idéia de originar esse Blog.
Hoje discutiremos sobre uma situação não tão rara, porém de notória relevância pra formação daqueles que gostam de sentir o friozinho na barriga característico de quem labuta nos Serviços de Urgência e Emergência... o Joelho Flutuante!!! Trata-se de uma trauma ortopédico, resultante de mecanismo de ação com altíssima energia, e que resulta na perda de continuidade entre duas superfícies ósseas (lembrem do conceito na aula de fraturas?) , mais precisamente localizadas no fêmur (osso da coxa) e tíbia (osso da perna), o que faz com que o joelho fique solto, instável.
A abordagem é a mesma de sempre para traumas com alta energia, seguindo o ABCDE da ATLS, seguidos da conduta especializada, que depende do perfil das fraturas, sejam elas expostas ou fechadas, cominutivas ou com traço simples.
No caso abordado aqui, temos uma situação onde a fratura do fêmur foi exposta (quando há comunicação do hematoma fraturário com o meio externo) e a da tíbia foi fechada, porém acompanhada da fratura da fíbula, resultando em maior instabilidade.
Nesse caso em particular, obedecendo os critérios de controle dos danos, procedemos com a fixação externa de amabas as fraturas, sendo que a do fêmur, que tinha uma ferida de apenas 0,5 cm, foi ampliada e tratada exaustivamente com irrigação e debridamento cirúrgicos. Tal conduta se explica quando imaginamos que a estabilização relativa obtida pelos fixadores em questão, trará ao paciente e à equipe de enfermagem maior conforto para manipulação do doente politraumatizado, além do que fará com que o risco de comorbidades, como tromboembolismo e síndrome compartimental, seja bem menor!!!
3 comentários:
Dr. Rafael, obrigado pela criaçao do Blog, tive joelho flutuante no dia 5 de novembro, onde quebrou meu Femur rompeu totalmente e a fibia e tibia tambem quebrou porem de uma forma que meu médico(especialista em traumas de grande energia) comentou ser uma das piores fraturas de fibia e tibia que já viu, foi uma fratura na fibia que se possivel te envio o RX praticamente quebrou o osso inteiro e em inumeros pedaços, por sorte náo afetou joelho e calcanhar, foi muito bem socorrido pela equipe do Dr. Marcelo fiz a cirurgia no femur no outro dia 06/11 onde foi introduzido uma haste internamente no osso do femur e presa com um pina na parte inferior e 2 na parte superior, minha tibia e fibia, esta com um fixador externo muito bacana bem diferente daquelas gaiolas, fixado bem proximo ao joelho cerca de 2 cm na parte de dentro da perna, e embaixo fixado a uns 7 cm do tornozelo.
Dr. Perdoa incomodar seu tempo, como todos estou desesperado por informaçoes pois tenho retorno apenas em janeiro, sei que calcificaçao é em torno de 30 a 60 dias, mesmo sendo uma fratura táo intensa ?
Femur posso forças na fisioterapia ? fui autorizado porem fico com medo.
adorei suas informações e suas experiencias,sou professora de ed.fisica,pos graduada em gerontologia, e paciente de duas cirugias de joelho,uma do lca e a outra do menisco medial.
E infelizmente não tenho realizado praticas corporais suficientes o que tem me causado dores no joelho,daí resolvi pesquisar um pouco acerca desse tema,e ótimo pois encontrei seu blog.
grata
Giselle Sant Anna
E mail gisahidro@yahoo.com.br
Gostei muito de todas informações. Não foi atoa que escolhi você pra ser médico . Obrigada por recuperar meu joelho. Sônia Santos
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