quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A verdade sobre o uso do PRP!!!

Foto 1: Centrífuga ou acelerador. Note o frasco com o preparado.



Foto 2: Aspiração do plasma com as plaquetas.

Antes de começarmos a dissertar sobre o tema, cabe uma conceituação rápida e objetiva da abreviação PRP, que significa Plasma Rico em Plaquetas.


1. Plasma - após a centrifugação do sangue, as células vermelhas (hemáceas) se depositam no fundo do recipiente, enquanto as brancas, plaquetas e o plasma flutuam. Dessa última porção, resulta o preparado que é a base do processo;


2. Plaquetas - células sanguíneas ligadas ao processo de coagulação e que possuem, em seu interior, grânulos ricos em fatores de crescimento;


3. Fatores de crescimento - mediadores da aceleração do processo de cicatrização dos diversos tecidos.


Então, o que se promete com o PRP seria a aceleração do processo de reparação tecidual, com indicação ainda muito restrito e passível de estudos clínicos mais significantes.

Hoje discutimos no mundo inteiro, nas mais diversas áreas da Medicina (Esportiva, plástica, dermatológica-estética...), os princípios para sua indicação, e o que concluímos é que sua ação comprovada existe apenas no tratamento de lesões tendíneas crônicas e musculares.

Hoje há uma indicação indiscriminada, provavelmente por desconhecimento teórico, difundida pelo mundo. Aqui no Brasil já tivemos até apresentação em um programa esportivo na TV, falando de indicações múltiplas e comprovadas, o que ainda foge um pouco da verdade científica.

Trabalhos vêm sendo realizados nos mais diversos centros e em pouco tempo teremos a certeza ao afirmar a ampliação do uso para demais patologias. Hoje, só temos a comprovação da utilização que mencionamos anteriormente.

O processo é caro e demanda um largo conhecimento, com experiência comprovada e adquirida em Centro conhecido e habilitado para tal.


Resumindo: indicado para processos lesionais crônicos em tendões, além das lesões musculares.O uso em fraturas, enxertos ligamentares (como nas reconstruções do joelho) ou demais ainda necessitam de melhor estudo e, com isso, afirmação científica.

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde.
Meu nome é Regis (regis@agelaneis.com.br)
Foi diagnosticado artrose, grau pequeno, nos joelhos. Gostaria de tirar algumas dúvidas por favor:
O PRP é indicado nestes casos? em qual grau de lesão? Como funcionaria, na cartilagem ( regeneração )?
Peço uma ajuda, pois faço esportes, como corrida e bike.
obrigado

Dr. Rafael Benoliel disse...

Caro Régis,
O PRP, apesar de representar uma descoberta sensacional no que se refere a aceleração de processos cicatriciais, pela presença dos fatores de crescimento no interior plaquetário, ainda necessita de maiores confirmações científicas como um todo!
O follow up (seguimento) é curto (apenas 2 anos) e devemos esperar para ver!
No seu caso, especificamente, não acredito no uso... ainda! Mas isso é meu ponto de vista...
Procure um ortopedista especialista e se informe melhor!
Forte abraço...

Anônimo disse...

Bom dia!
Meu nome é Luciana(lucianacarladejesus@yahoo.com.br) e minha mãe tem 68 anos, sofre com artrose nos dois joelhos,sendo que no joelho direito ela já colocou prótese à quase dois anos. Agora sofre com dores no quadril, em que o ortopedista diagnosticou bursite no quadril. Será que o PRP seria indicado para ela? Sei que não é sua especialidade, mas já passamos por vários profissionais e tratamentos e as dores continuam...Seria uma alternativa viável a aplicação de PRP?
Desde já, agradeço pela atenção.
Luciana